terça-feira, 19 de abril de 2016

Vikings Burger

Guerreiros, uni-vos para a batalha!

Nessa vida de foodhunter a gente encara diversas batalhas. Umas são fáceis de vencer, outras são um pouco mais difíceis. As derrotas são raras, mas acontecem, e não é vergonha nenhuma admiti-las. Por isso eu confesso: não consegui terminar um hambúrguer, dessa vez fui vencido.

E o campo de batalha foi em uma hamburgueria na Avenida Duque de Caxias, o coração do Marco, ou seja, perdi em casa.

Fomos enfrentar conhecer a Vikings Burger, e apesar da derrota, trazemos ótimas notícias do front.



Nosso embate aconteceu na Vikings Burger, uma hamburgueria muito legal. O ambiente é pequeno e aconchegante, por isso chegue cedo, as mesas ficam logo ocupadas. Toda a decoração é baseada na mitologia nórdica dos Vikings, com seus objetos náuticos e seus machados. Além do ambiente interno, também é possível sentar em mesas no lado externo, na calçada.




Tudo é muito bem apresentado. O nosso garçom foi super atencioso, a comida veio rápido, e o sabor não decepcionou. A casa oferece hambúrguer. Ela segue a linha de lanchonete gourmetizada. Os pratos vem servidos em tábuas de cortar carne, achei bem charmoso. Eles também oferecem luvas descartáveis, confesso que essas eu não uso, me parece meio ridículo comer com as luvas calçadas ><

A nossa batalha começou de leve, pedimos batata frita canoa com queijo cheddar e bacon (o fato é que no cardápio está escrito batata canoa, mas na verdade são palitos), só pra começar o primeiro golpe. Muito gostoso, batata bem frita, nada de excepcional, bem honesta. Ganha ponto pela apresentação.



Seguimos para o segundo confronto da noite. Pedimos dois hambúrgueres. O primeiro foi o Odin. Nome de deus, poderoso, mas não foi páreo pro nosso apetite. Pão de hambúrguer, carne de 160g, queijo parmesão, tomate, alface e um delicioso molho verde. Com o sabor suave o hambúrguer agradou na primeira mordida. Destaque especial para o molho verde, uma delícia.



O maior embate da noite se aproximava. Quando o hambúrguer apontou no campo de batalha, carregado pelas mãos do garçom, a dúvida inicial que não devíamos ter gastado tanta energia nas batatas, virou certeza. Quando o garçom colocou o hambúrguer na mesa uma gota de suor escorreu pela têmpora, será calor? Mas o ar condicionado está tão forte. Não era a temperatura, a culpa do suor era o medo. Fomos à luta! Mas mesmo com toda a nossa vontade, o delicioso adversário foi mais forte. Ele veio com armamento pesado, pão de hambúrguer artesanal, duas carnes de 160g, queijo cheddar, queijo prato, bacon, cebola caramelizada e molho barbecue, não satisfeito, ainda veio guarnecido por uma tropa de batatas fritas. Não deu pra resistir, apesar do esforço, acabei estragando comida (cara, como isso me deixa triste). O meu mais novo inimigo tem nome, Monster Viking Burger.



Saí derrotado, mas no final das contas o vencedor fui eu mesmo, que acabei comendo um lanche delicioso em um ambiente agradável. Dá próxima vez não vou subestimar meu inimigo, a vitória será minha.



Os preços dos hambúrgueres também merecem destaque. Mesmo sendo goumertizada e tudo, a Vinking oferece preços bem honestos, variando de 15 a 25 reais. A casa ainda tem sobremesas, e sucos. E pra quem for guerreiro de verdade, eles ainda oferecem a opção do delicioso chopp da Amazon.

Endereço: Avenida Duque de Caxias, 1326
Telefone: (91) 3351-0897
Facebook: Página
Funcionamento: Terça a Domingo, das 19h as 23:30h
Aceita todos os cartões




domingo, 10 de abril de 2016

Ouronato - Açaí Restô

Tomar açaí é uma arte. Antes do resto do Brasil descobrir o nosso fruto delicioso, essa arte era só nossa. Ela envolve um monte de rituais e crenças: a briga entre farinha d'água e farinha de tapioca, com ou sem açúcar, o sono implacável que acomete o cidadão depois de uma bela tigela de açaí, a "água" do açaí que tem que ser bebida direto da tigela para não dar azia, entre outras. O caso é que, antes das granolas, morangos e bananas, o açaí tinha um ritual muito forte na cultura amazônica.

Quando alguém da região tenta explicar para alguém de fora que o açaí se come com peixe/charque/camarão é difícil de entender. Muitas vezes acontece isso aí:



Não ria... tá bom, pode rir um pouquinho sim ><

Tomar açaí dá trabalho –  se não for aquele com granola e banana, claro! Talvez por isso tenha demorado tanto para termos opções de poder consumir açaí fora de casa. Durante muito tempo, esse foi um hábito totalmente doméstico e privado. Mas, o bom é que, de um tempo pra cá, a coisa tem mudado, vários restaurantes especializados em servir o açaí da forma mais tradicional possível surgiram na cidade. Fomos conhecer um desses restaurantes: o Ouronato – Açaí Restô.



Não se deixe impressionar pelo nome "afrancesado", o lugar é bem paraense, com o melhor do Pará, comida deliciosa. O lugar é especialista em açaí, não adianta ir lá pra tomar um tacacá. O negócio é açaí, e só.

O açaí é vendido em litro, acompanhado sempre de uma chapa, que pode ser de peixe, charque, camarão, ou mista, que vem um pouco de tudo.



Tudo é muito bem apresentado. O açaí vem em jarras, com sua cor única. A chapa vem chiando ainda, liberando um aroma delicioso. As glândulas salivares já começam a trabalhar freneticamente (mesmo agora enquanto esse texto é escrito, elas estão atiçadas) antes mesmo do garçom colocar os pratos na mesa. Pratos não, tigelas. Sim, o açaí é servido em charmosas tigelas, assim a pessoa não coloca tudo junto no prato, igual fez o amigo do vídeo .







Os preços dos pratos são bons, ficam entre 50 e 70 reais. Pode parecer caro, mas, se levar em consideração a quantidade de comida servida, acaba ficando na média. E cara, é açaí! As vezes nem o preço importa, o que vale é a barriga estufada, o dente preto e o sono que bate.

Cabô :(

Endereço: Av. João Paulo II, 1288
Telefone: (91) 3246-7195
Site: Ouronato
Facebook: Página
Funcionamento: Todos os dias, das 11h as 16h
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segunda-feira, 14 de março de 2016

Muralha da China

Espera só um pouco, deixa eu afrouxar o cinto e respirar um pouco ...Agora sim.


Fomos conhecer o Muralha da China, e o seu buffet livre de sushi... e valeu a pena.




O Muralha da China é um restaurante pra comer todo dia. Ele funciona no esquema de buffet, livre ou a quilo. Para refeições diárias, o que mais vale a pena é a quilo. Lá eles servem as comidas clássicas da cozinha oriental, yakissoba, chop suey, lombo de porco frito, etc.

Mas esse post não é sobre o almoço do Muralha da China. Precisamos falar da noite, é quando o sol se põe que a magia acontece. No jantar, eles tem buffet livre de sushi!



Coma à vontade, coma até o cinto estourar, a ideia é essa. Mas assim, o Muralha da China é um restaurante popular, nada de goumertização da comida. Por isso não vá esperando uma variedade imensa de sushi, tipo, lula, polvo, camarão, ova de salmão. Lá a conversa é um pouco mais rústica, mas mesmo assim vale muito a pena.



A variedade pode não ser o forte do buffet, mas a quantidade sim. E o sabor também colabora pra experiência. Os sushis são muito bons. Claro que eles são preparados pra agradar o paladar menos tradicional, então não tem muito wasabi (raiz forte) e o molho teriaki (aquele docinho) é em abundância.


O carro chefe do buffet são os sushis hot, aqueles fritos e empanados. Os clientes "brigam" pelos enroladinhos quentes. Se tu não ficares esperto, vais ter que esperar a outra remessa.

O buffet não inclui sashimi, mas você pode pedir à parte. Eles também tem temaki, mas assim como o sashimi, tem que pedir à parte. Se você quiser, e for muito ogro, tem como fazer o combo buffet de sushi + buffet de comidas quentes, e a diferença de preço é bem pequena.



O valor do buffet de sushi é 30 reais, preço bom levando em consideração a quantidade de comida. O espaço também ajuda, é bem organizado. O garçom que nos atendeu foi super competente. Eles tem dois endereços, um que fica João Paulo II e outra que fica na Doca.

Tentei dar uma goumertizada no sushi
Vale super a pena visitar o buffet de sushis do Muralha da China.

Endereço: Av. Joao Paulo II, nº718
Funcionamento: Todos os dias, almoço e jantar
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segunda-feira, 7 de março de 2016

America Hamburgueria

Ê Marambaia!

Se tem uma coisa que eu amo nessa vida, é Belém. Adoro essa cidade. E adoro os lugares que ela me apresenta. Cada cantinho dela oferece uma coisa especial pra conhecer. Os bairros então, nem se fala, cada um é único. Cada conjunto de quarteirões cria uma identidade especial de pertencimento ao cidadão. Eu amo o Marco, pra mim, o melhor bairro de Belém. Mas com alguns outros bairros, eu tenho um carinho todo especial. Um desses bairros, é a Marambaia.

A Marambaia é o berço de muitos amigos do ♥. Amigos de longa data, e amigos recentes. É um bairro populoso, na verdade, a Marambaia é uma cidade dentro de Belém. Formado por um punhado de conjuntos habitacionais, o bairro absorve uma parcela significativa da população da cidade.

A maioria das pessoas sempre se refere ao bairro com carinho. Eles tem seu próprio folclore, com os mitos da Marambaia. A linha de ônibus Médice - Pres. Vargas, que eu nunca vi vazio, ou o Marambaia - Ver-o-peso, que nunca passa, são só alguns exemplos desse folclore.

Estranhou essa pequena ode à Marambaia? Relaxa, eu só quero desmitificar algumas coisas. Por ser um bairro na periferia (pela localização, não pela infraestrutura), as pessoas acham que não existe nada na Marambaia ¬¬. Ok, o bairro já foi sinônimo de lugar bucólico, uma ilha verde na cidade de pedra, mas isso foi lá nos anos 80, desapega cara. Nos últimos 15 anos o bairro passou por um processo acelerado de urbanização. Isso acabou atraindo um mercado de serviços excelente, "tudo tem na Marambaia". O bairro é um paraíso gastronômico, vai desde sopa de caranguejo famosa, a lanches de rua obscuros, tudo deliciosamente caseiro.

Fomos conhecer um desses lugares. O America Hamburgueria.





A proposta do lugar é ser uma hamburgueria diferenciada. Com qualidade de infraestrutura, atendimento e gastronomia. A ideia é: ninguém precisa ir até centro pra comer bem, "aqui é Marambaia, meu amigo!".



E o lugar se garante no que faz. Apresentação do espaço muito boa. Atendimento também bem legal. A garçonete que nos atendeu era super simpática. O atendimento foi rápido e eficiente.

A comida segue o padrão das novas hamburguerias, sabores exclusivos e apresentação especial. É preciso agradar o paladar e os olhos.

Pra começar pedimos uma porção de batata frita como entrada. Muito boa, seguinha, sal na medida certa, mas nada de especial. Pra matar a fome, atacamos os hambúrgueres ("hambúrgueres"...uma das palavras mais estranhas que eu já escrevi). O cardápio segue a ideia do nome do lugar. Todos os sanduíches são nomes de lugares norte-americanos, "Las Vegas", "Texas", etc.



Pra começar pedimos um Texas, carne de hambúrguer, salada e molho barbecue. Tudo na medida, tudo muito bom. Eu acrescentaria um pouco mais de sal na carne, mas é uma questão de gosto. Gostei também (e muito) que a carne veio mal passada. Ou seja, se você gosta de comer  ̶c̶a̶r̶v̶ã̶o̶  bem passado, tem que pedir pra garçonete. O hambúrguer é grande, alimenta bem.



Pedimos também um hambúrguer especial, o "Brazilian Day", um hambúrguer com jambu e tucupi. Padrão é o mesmo, tudo muito gostoso e muito bem apresentado, e dá pra sentir mesmo o gosto do jambu, até a dormência na boca.



Claro que não poderia faltar a sobremesa, né? Fomos no clássico... quer dizer, nem tão clássico, Brownie de chocolate com sorvete de tapioca. Muito bom, quase não consigo tirar uma foto, turma voou na sobremesa.



O lugar é bem família, eles tem um espaço para as crianças brincarem e se distraírem. Eles ainda tem um espaço para festas de aniversário, uma espécie de boite, mas ainda não está pronto. O lugar ainda oferece wifi.



Nós demos sorte, fomos no dia da inauguração. Ou seja, o lugar não estava lotado, mas pela localização e pela qualidade, não tarda formarem as filas de espera na porta. Então aproveita, e vai lá conhecer.

Cara, se tu não fores pelo hambúrguer, vai pela Marambaia☺. Tudo tá mudando por lá, mas se tu deres sorte, capaz de encontrares um grupo de senhoras sentadas na porta de casa, conversando. Sim, isso ainda existe ♥

Endereço: Tavares Bastos, 1400
Funcionamento: Terça a Domingo - 18:00 as 23:00h
Facebook: /americahamburgueria
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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Crazy Dog - Deluxe hot dogs

Sempre fui louco por Hot Dog. Desde criança. Quem tem seus 30 anos ou mais e viveu em Belém, com certeza passou pela mesma experiência gastronômica que eu, quando falamos em Hot Dog. Quando criança esperava ansioso o sábado pra "ir lá em baixo" com a minha mãe. Era a senha para a boca encher de água. Sabia que depois de andar muito no centro comercial, carregando sacolas, a recompensa seria um delicioso Hot Dog na lanchonete da Lojas Americanas, na Av. Presidente Vargas. Era parte do meu imaginário infantil, e até hoje bate um saudosismo. A adolescência chegou, veio junto o primeiro Shopping de Belém, e com ele a praça de alimentação. Nessa época eu escolhi uma lanchonete favorita, Red Hot, uma lanchonete especializada em Hot Dogs. Tinha vários tipos de salsichas, tinha até Hot Dog de calabresa. Além é claro do molho verde especial, que todo mundo queria saber a receita pra fazer em casa. Até hoje eu corro atrás dessa receita.

A vida adulta nos tira alguns prazeres. Um deles é poder comer hot dog sem culpa de ser acusado de ter paladar infantil. Conforme o tempo foi passando, eu fui comendo menos hot dog, até que isso ficou restrito apenas a festas infantis. Lá na mesa, disputando o hot dog, o aniversariante de 6 anos, os pequenos convidados, e eu ><

Por isso, foi com bastante satisfação que fomos conhecer o Crazy Dog.



A lanchonete é especializada em hot dogs. A proposta é fazer um hot dog especial. Missão cumprida. Tudo muito gostoso. Eles têm sabores diferentes, mas o protagonista é sempre a dupla pão e salsicha. Nada de inventar muito, o que não quer dizer que eles não sejam criativos gastronomicamente falando.





Eles têm um cardápio variado. Os hot dogs vem em dois tamanhos, 15cm e 30cm. A escolha depende da sua fome, e do seu bolso. Os sabores dos hot dogs são de acordo com a "cobertura", as salsichas são sempre as mesmas. Tem de frango, gorgonzola, cheddar, mostrada e mel, etc.

Pedimos um "Crazy Dog", o lanche tem o mesmo nome do local. É um hot dog com molho barbecue, cebola e farofa de bacon. Muito Bom! O doce do molho barbecue com o salgado bacon fazem uma harmonia deliciosa.



Pedimos também o "Honeydog", que é com mel, mostarda e batata palha. Também muito gostoso. Os hot dogs são visualmente muito bem feitos. Assim como o ambiente do local. Tudo muito bem organizado. Eles também têm ótimos sucos. Pedimos o de abacaxi com hortelã, refrescante.



O sistema de pedido é feito pelo cardápio. Mas tem uma área perto do caixa onde você pode montar o seu hot dog, bem ao estilo Subway. Fiquei meio confuso, confesso.

Se os donos me perguntassem se eu tinha alguma sugestão, eu diria pra produzirem salsichas com sabores diferentes. Produção própria. Ia agregar muito mais ao local. 

Loucura mesmo é a finalização do hot dog. Eles gratinam o queijo com um maçarico! Loucura total.



Os preços dos lanches variam entre 15 e 20 reais, nada fora da média das lanchonetes especializadas de Belém. Recomendamos, vá lá, relembre sua infância, coma um hot dog.


ps.: Eu sei que vocês são um bando de mentes sujas. Vocês não sabem como foi difícil falar de uma comida tão fálica, em um lexo gramatical que envolve, "água na boca", "boca cheia", etc. Mas acho que consegui, assim espero. Não quero imaginar meus textos despertando o libido de vocês, ainda mais envolvendo comida! Credo!


Endereço: Rua Antônio Barreto, 957
Funcionamento: Terça a domingo
Facebook: /Crazydogbelem
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Arigato - Sushi e Yakissoba

 Hashis a postos, galera! Tem comida japonesa no cardápio.

"_Ah! sushi de novo!"

Calma, calma... Apesar de adorarmos nossos restaurantes especializados em sushi, hoje a história é um pouco diferente. Tem sushi, tem temaki, mas tem uma coisinha especial.

Fomos conhecer o Arigato, um restaurante japonês, que demos o singelo apelido de "Mistério do Oriente".






O restaurante fica localizado na Travessa 3 de maio, entre Gentil Bittencourt e Conselheiro Furtado. O primeiro mistério fica aí. A fachada do restaurante é discreta, se estiveres distraído, capaz de não encontrar e passar direto.

Não julgue um livro pela capa, nesse caso a fachada. O tamanho pequeno da entrada, sugere que o restaurante também seja pequeno. Surpresa! Ele tem dois andares e um salão grande com várias mesas (será mágica nipônica?). O local é super legal, com decoração temática oriental, tudo muito limpo e organizado.

A atendente, super simpática, trouxe o cardápio. Segundo mistério do local. Quando comecei a folhear o cardápio minha esperança de um bom jantar começou a ficar menos segura. Ele era todo improvisado. As folhas soltas organizadas em uma pasta escolar, daquelas usadas em karaokês pras listas de músicas (entendeu a referência, hã!? hã!? rsrsrrs). Um restaurante tão bonito, tão moderno, com um cardápio tão amador. Fiquei confuso. Mas, já estava lá mesmo.

Tirando a estética do cardápio, me concentrei no conteúdo. Primeira coisa que chamou a atenção: eles fazem promoção durante a semana (Fogos!! Aplausos!!!). E promoções que valem a pena de verdade. As quartas, por exemplo, o temaki de salmão é em dobro. E não é temaki pra gente fraca não, é temaki de verdade, com muito peixe. Cada temaki saiu por 12 reais! Vou escrever por extenso e em caixa alta pra não sobrar dúvidas: DOZE REAIS! Só tem uma coisa que eu gosto mais do que comida, é comida barata. Garçonete! Manda dois desse aí!




Terceiro mistério. Superado o impacto do cardápio veio a hora de experimentar. Hum, temaki muito barato, cardápio estranho (é, eu sei, reconheço, dou muita importância ao cardápio. Supera, cara!) não sei, acho que não vai ser a melhor experiência. Não julgue o livro pela capa!

Que delícia! tudo muito fresco, muito bem apresentado, e o melhor, super rápido. Não demorou nem 5 minutos. O único problema é que eu esperava um sabor mais tradicional, puxado muito mais no wasabi. Essa é uma das minhas maiores reclamações dos restaurantes de sushi em Belém, todos eles são muito adaptados ao paladar brasileiro, tudo muito mais suave. Mas é uma questão de gosto.

A casa também oferece promoção de sushi. Os preços são justos, nada muito caro, mas também nada baratíssimo como o temaki double ♥. Tudo muito gostoso, tudo muito bem feito e, claro, a habilidade do sushi man foi provada mais uma vez, super rápido.




"Tá, tudo muito bom, tudo muito bem, mas sushi eu já conheço. O que tu me trazes de novo?" (Percebe Ivair, a petulância do leitor) Que leitor mais exigente esse meu, já não basta o big temaki de 12 reais? Vocês ainda querem mais? Tá bom. Eu ia guardar isso só pra mim, mas vou compartilhar com vocês. Folheando o cardápio (e com a indicação prévia de uma amigo) me deparei com uma das entradas: lula recheada com shimeji e kani...

Pessoal, desculpa, vou ter que falar de novo do cardápio, é mais um mistério insolucionável do Arigato. O que essa maravilha de prato está fazendo na parte das "entradas"? Ele deveria estar como prato principal! Deveria ter um cardápio só pra ele! Um, não, dois!... Desculpa gente, me empolguei.





Mas, sério, que delícia é o prato, muito bom mesmo. Muito bem apresentado, plasticamente bem pensado e o sabor então, nem se fala. Claro que eu sou suspeito pra falar, já que eu adoro cogumelo, ainda mais o shitake. Mas confiem na minha avaliação, mesmo tendenciosa, ela é legítima ><

Claro que nem tudo poderia ser só sucesso, né? A lula recheada tem um sério problema, o preço. Ela é bem cara para a média do restaurante. Mas, cara, assim como eu superei o cardápio, supera esse detalhe também, e vai experimentar a lula, não vais te arrepender.

A casa oferece pratos quentes como chapas, yakissobas e todo tipo de prato oriental clássico. O que me chamou a atenção é que o esquema principal de venda é tu ligares pra lá e depois ir retirar o pedido no local. A toda hora entrava alguém pra pegar uma encomenda. #ficaadica

E por último o maior dos mistérios do Arigatô. Por que eu ainda não conhecia esse lugar!?! O jeito é correr atrás do prejuízo e passar a visitá-lo mais vezes

Arigatô



Endereço: Travessa 3 de Maio, 1761 Entre Gentil Bittencourt E Conselheiro Furtado
Telefone: 988667120
Funcionamento: Terça a domingo
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Casa Camilo

Quando falamos de comida, poucas coisas são tão saborosas quanto a simplicidade. O feijão e o arroz que não me deixam mentir. Nessa vida de food hunter, sempre queremos algo novo, diferente, inovador, e esquecemos o quanto o simples pode ser delicioso. Colocamos uma luneta gastronômica pra ver longe, e muitas vezes deixamos de enxergar as coisas boas que estão bem próximas.

Relaxa, gente, esse não é um texto de auto-ajuda☺, mas entender isso, foi a única explicação que encontrei pra uma falha tão grande quanto a minha, de ter demorado tanto pra conhecer a deliciosa unha de caranguejo da Casa Camilo.




A Casa Camilo é um lugar clássico de Belém. Muita gente já tinha me indicado. E por incrível que pareça, ela fica na esquina de casa - Av. Almirante Barroso com a Travessa Curuzu. Passo pela frente do lugar todos os dias, pelo menos umas duas vezes. E mesmo assim, nunca me dei ao trabalho de entrar e comer uma unha de caranguejo. Falha minha.

O lugar é simples, segue o padrão das antigas "lojas de conveniências de bairros", vende de tudo, de água mineral a cachaça, passando por fósforos e folha de papel almaço (brincadeira... não sei se tem papel almaço na Casa Camilo, mas não duvido que tenha). Tem até uma banca de jogo do bicho, quem quiser fazer uma fezinha enquanto come uma unha de caranguejo, lá é o lugar certo☺. Mesmo sem nunca ter entrado, eu conseguia sentir o clima do lugar. É um daqueles lugares que parecem saídos de algum romance. Todo dia as mesmas pessoas estão lá, todos se conhecem, são amigos, e discutem os mesmos assuntos, geralmente rivalidade futebolística. Sempre tem uma galera tomando uma cerveja ou um rabo de galo. Uma rapaziada auditora de vento, que fica por lá só curtindo o mormaço da tarde e jogando conversa fora (como faz pra entrar nesse clube?☺)




Mas quando o dia vai terminando, essa turma cativa desaparece. O lugar passa a ser tomado por senhorinhas, gente vindo do trabalho e estudantes, todos atraídos pelos salgados do lugar, principalmente a famosa Unha de Caranguejo. Pra quem não é de Belém fica difícil imaginar o que é "Unha de Caranguejo". Pois bem, imagine uma Coxinha, só que recheada com carne de caranguejo ao invés de frango, (limpa a saliva, que tá escorrendo aí amigo).



A casa oferece outros tipos de salgados, como kibe, bolinho de piracuí, risole de camarão, etc. Eu fiquei só com as unhas, não consigo resistir a caranguejo. A casa é tão clássica, que ela oferece uma raridade - Guaraná Garoto na garrafa transparente! Um sabor da infância.



O atendimento é no balcão mesmo. Tudo na descontração. E não se espante se precisar repetir o pedido umas duas vezes, é normal. Quando fui, a casa estava cheia de clientes, tive que esperar um pouco, pois os salgados da estufa tinham acabado, e estavam fritando outros. Que bom, assim o meu salgado veio quentinho. A pessoa responsável pela cozinha entende muito bem do que faz. A unha veio sequinha, quase sem gordura, com a cor perfeita, uma delícia!



Os salgados custam, na média, 5 reais. Não são grandes, tive que comer dois pra satisfazer a fome da tarde. O atendimento fica por conta do vascaíno Seu Nonato, um senhor super simpático e com o sorriso fácil.



E pensar que eu fiquei todo esse tempo com esse tesouro na esquina de casa e nem imaginava... Vou ter que correr atrás desse prejuízo. #partiu abrir uma conta na Casa Camilo.

Endereço: Avenida Almirante Borroso, esquina com a Travessa Curuzu
Telefone: 3246-0160
Funcionamento: Segunda a Sábado - 8h as 18h